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domingo, 13 de maio de 2012

Coisas que estamos carecas de saber



"... Sempre que me falam em dinheiro bem gasto, vêm-me logo à cabeça os seis contos (cerca de 30 euros) investidos na boa e velha Philishave que me pouparam mais de 300 idas ao barbeiro (minhas e dos meus filhos Pedro e João) - mas também o pornográfico desperdício de dinheiro pelos nossos governos.

A apertada curva em que fomos apanhados deve-se essencialmente ao facto de termos malbaratado a chuva de dinheiro da UE, que beneficiou capitalistas sem capital, empresários de água doce que vivem e prosperam à custa de jeitos, favores e influências - em vez de ser aplicado a financiar empreendedores que não temem o risco e as exigências das apostas de longo prazo.

O conúbio de interesses e a partilha de despojos elevaram os serviços e a construção à condição de favoritos do regime, como o demonstram os dados do Banco de Portugal - em cada cinco euros de crédito concedido, 3,5 euros foram para a construção, habitação, imobiliário e obras públicas, e apenas 30 cêntimos para o setor transformador - e a vergonhosa derrapagem das obras da Parque Escolar, em que cada escola custou cinco vezes mais que o previsto.

O dinheiro de Bruxelas foi desperdiçados em áreas não produtivas, com destaque para infraestruturas (os 386 milhões gastos na A32, que está às moscas, são o exemplo mais recente), em vez de ser investido no setor transformador

Desde a entrada na CEE, os governos PS e PSD construíram uma sociedade cada vez mais desigual na distribuição de riqueza, com o Poder Político, Económico e Administrativo cada vez mais concentrado na capital, e diferenças abissais de desenvolvimento entre as várias parcelas de um país falido.

Não temos muito tempo para arrepiar caminho. Neste contrarrelógio, gastar bem significa corrigir os desequilíbrios regionais e investir os escassos recursos que nos restam no apoio à exportação, apostando na produção de bens transacionáveis, em energias limpas e numa rede eficaz de transportes públicos. Tudo numa lógica low cost, sem luxos, nem desperdícios."

Jorge Fiel *

Publicado em 12 de Mar de 2012

Fonte / Vejam o artigo completo em: http://www.jn.pt/Opiniao/default.aspx?content_id=2355292&opiniao=Jorge%20Fiel

* Jornalista e actual subdirector do "Jornal de Notícias".


Artigo muito bom! Divulguem! Todos os cidadãos de devem conhecer a verdade!

sábado, 12 de maio de 2012

O BPN dava um filme indiano



"Não imaginam quanto lamento não ter o tempo nem o talento para digerir os 70 volumes e 700 apensos do caso BPN e escrever um thriller baseado nos factos reais da maior fraude portuguesa do século. A realidade supera sempre a ficção. Duvido que John Grisham fosse capaz de imaginar a cena do juiz presidente do coletivo ter de fazer uma coleta para comprar no IKEA uma estante para arrumar o processo - que lhe foi negada pela DG da Justiça.

A galeria de personagens é estupenda. Ken Follet teria de nascer duas vezes para conseguir inventar um naipe tão rico, denso e variado. No protagonista, Oliveira e Costa, que por alguma razão era conhecido na sua terra (Esgueira) como Zeca Diabo, e que munido de um cartão laranja subiu na vida ao ponto de chegar a secretário de Estado."
...

Jorge Fiel *

Publicado em 12 de Abr de 2012 



*Jornalista e actual subdirector do "Jornal de Notícias".


Artigo genial que merece toda a nossa atenção e divulgação! Todos os cidadãos devem conhecer a verdade!