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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

2012: Você está preparado?





Programa "Bete Fratti e a Vida Natural"
Entrevista a Angela Cristina de Paschoal (Cris De Paschoal) - Ufóloga

 

"Porque em determinados momentos nós vamos ter que decidir por nós e sem ajuda dos mestres, dos gurus... Cada um vai ter que seguir o seu ser divino, por aquilo que eu entendi."

"Quem segue, sempre se perde!"

"Tem muita coisa também que está sendo colocada que é falta de estudo, de pesquisa..."

"Tem algo pior do que o medo para dominar as pessoas? Até hoje nós fomos dominados pelo medo! Então, que a gente não tenha medo de nada, porque nós somos eternos, somos filhos de uma criação superior e nós estamos aqui para realmente fazer a diferença..."

Angela Cristina de Paschoal

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Finlândia... Um exemplo!




Finlandia Um Exemplo from MARCELO Sampaio


Educação é TUDO aquilo em que deveremos INVESTIR! Um povo ESCLARECIDO JAMAIS SE DEIXARÁ ENGANAR! Não é por acaso que os países nórdicos estão SEMPRE nos últimos lugares, das listas dos países com maior índice de corrupção do mundo, ao CONTRÁRIO de Portugal...

Fum & Gebra



Um lindo gato preto, chamado FUM...





Uma linda coruja, chamada GEBRA...




Um começo...





Uma linda AMIZADE!!!







Fum & Gebra

Site Oficial: http://fumandgebra.com/
 

domingo, 25 de novembro de 2012

Saberes Diferentes




Saberes Diferentes from Jairo W.


Sobre Paulo Freire: http://pt.wikipedia.org/wiki/Paulo_Freire


Todo o ser humano, sem excepção, é um livro que está sendo redigido... As páginas que já estão preenchidas, significam o conhecimento que adquirimos e que poderemos partilhar com o próximo. As páginas que ainda estão em branco, significam tudo aquilo que ainda desconhecemos e ai está incluído tudo aquilo que ainda poderemos vir a aprender com o próximo.

Aprendendo e ensinando sempre! :)

A Pesca





Dizem que pescar relaxa... Será??? He he he

Com medo da água? Eu??? Nãoooooooooooo!





E dizem que os gatos não gostam de água... He he he

Desmistificando o terrorismo - Mike Prysner (ex-soldado americano, que participou na Guerra do Iraque)




VID091228_Mike_Prysner from Passa Palavra on Vimeo.


"Chamo-me Mike Prysner, ingressei no exército e recebi a instrução de base em Junho de 2001. Fui integrado na 10ª Divisão de Montanha e em Março de 2003 fui destacado com uma brigada para o norte do Iraque.

Quando ingressei no exército disseram-nos que o racismo não existia nas Forças Armadas. Uma tradição de desigualdade e discriminação era, assim de repente, apagada por algo chamado "Programa para a Igualdade de Oportunidades". Fomos assistindo a aulas obrigatórias, onde nos garantiam que o racismo havia sido eliminado das fileiras e cada unidade tinha um oficial de comando específico para garantir que não ressurgisse qualquer manifestação de racismo. O Exército parecia estar firmemente empenhado na supressão de qualquer indício de racismo. E então, o 11 de Setembro aconteceu. Comecei a ouvir novas expressões como: "cabeça de toalha", "jóquei de camelo" e a mais perturbadora - "preto do deserto". Estas palavras não vinham inicialmente dos meus companheiros soldados, mas dos meus superiores, o meu sargento de pelotão, o primeiro sargento da minha companhia, o meu comandante de batalhão. Em toda a cadeia de comando até lá em cima, expressões deliberadamente racistas tornaram-se subitamente aceitáveis. Notei que o racismo mais ostensivo vinha de veteranos da primeira Guerra do Golfo. Essas foram as expressões que usaram quando tratavam de carbonizar comboios civis. Essas foram as expressões usadas quando este governo deliberadamente definiu como alvo a infra-estrutura civil, o bombardeamento das reservas de água, sabendo que isso iria matar centenas de milhares de crianças. Essas foram as expressões que o povo norte-americano usou quando permitiu que este governo castigasse o Iraque e isto é algo que muitas pessoas esquecem.

Acabamos de saber que matamos mais de 1 milhão de iraquianos desde a invasão; já tínhamos matado 1 milhão de iraquianos antes da invasão, ao longo da década de 90, com os bombardeamentos e sanções antes desta. Na realidade, o número é muito mais elevado.

Quando cheguei ao Iraque, em 2003, aprendi uma palavra nova - "haji". Haji era o inimigo. Haji era cada iraquiano. Não era uma pessoa, um pai, um professor ou um trabalhador. Mas é importante saber de onde é que esta palavra vem. Todo o muçulmano se esforça por fazer uma peregrinação a Meca, chamada Haj. Um muçulmano que tenha feito peregrinação é um Haji. É algo que, no Islão tradicional, é a mais importante tarefa religiosa e assim, eles fizeram da melhor coisa para um muçulmano, a coisa pior. Mas, a história não começou connosco... Desde a criação deste país o racismo tem sido utilizado para justificar a expansão e opressão. Os nativos americanos foram chamados selvagens. Os africanos foram chamados todos os tipos de coisas para desculpar a escravatura. Uma multidão de nomes foram usados durante o Vietname para justificar essa guerra imperialista. Então, Haji foi a palavra que usamos nesta missão. Nós ouvimos muito sobre invasões durante o Winter Soldier ("Soldado de Inverno", a série de acções militantes em que se inseriu esta conferência), derrubando a pontapé as portas das pessoas e saqueando as suas casas. Mas esta missão foi um tipo diferente de ataque. Nós nunca recebemos qualquer explicação para essas ordens, só nos diziam: este grupo de cinco ou seis casas é agora propriedade do exército dos EUA. E tínhamos de entrar e obrigar aquelas famílias a deixarem as suas casas. Então nós fomos a essas casas e informamos as pessoas que as suas casas já não eram as suas casas. Não lhes demos nenhuma alternativa, nenhum lugar para onde irem, nenhuma compensação. Eles ficavam muito confusos e com medo e não iriam sair e então tivemos de tirá-los das suas casas à força. Houve uma família em particular que se destacou: uma mulher com duas filhas; um homem idoso que estava de cama e dois homens de meia idade. Nós arrastámo-los de suas casas e atirámo-los para a rua. Nós prendemos os homens por não quererem sair, prendemos o ancião e enviámo-los para a prisão com a polícia iraquiana. 

Naquela altura, eu não sabia o que acontecia aos iraquianos, quando lhes amarrávamos as mãos atrás das costas e lhes enfiávamos um saco na cabeça, mas infelizmente, alguns meses mais tarde, eu tive de descobrir. A nossa unidade foi encarregada de interrogatórios e eu, encarregado de ajudar nos interrogatórios. Presenciei e participei em centenas de interrogatórios. Um em especial que eu gostaria de vos contar, foi para mim um momento que me ajudou a perceber a natureza da nossa ocupação. O detido em questão, que fui encarregado de interrogar, foi despojado da sua roupa interior, as mãos amarradas atrás das costas, um saco na cabeça e eu realmente nunca vi o seu rosto. A minha tarefa era pegar numa cadeira dobrável de metal e enquanto ele estava de frente para a parede, bater fortemente com a cadeira ao lado da sua cabeça, cada vez que lhe era feita uma pergunta. Um outro soldado gritava a mesma pergunta várias vezes e qualquer que fosse a resposta, a minha função era bater com a cadeira ao lado da sua cabeça. Fizemos isso até ficarmos cansados, então disseram-me para assegurar que ele ficasse em pé, de frente para a parede. Fiquei a vigiá-lo, mas algo estava errado com a sua perna... estava ferido e sempre a cair no chão. O meu sargento disse-me para o obrigar a ficar de pé, eu tinha de o levantar e de o manter contra a parede. Como ele continuou a cair, eu tive de continuar a levantá-lo à força, colocando-o contra a parede. O sargento veio e ficou zangado por ele estar outra vez no chão; então pegou nele e bateu-o contra a parede por diversas vezes, riu-se e quando o homem caiu no chão novamente, reparei que havia sangue escorrendo por debaixo do saco. Então, eu deixei-o sentar-se e sempre que o sargento de aproximava, eu alertava o homem para se por de pé. Foi então que percebi que deveria estar a defender a minha unidade deste detido, mas o que eu estava a fazer era defender esse detido da minha unidade. Esforcei-me por ter orgulho do meu serviço, mas... tudo o que eu sentia era vergonha!

O racismo já não poderia mascarar a realidade da ocupação. Ali estavam pessoas. Eram seres humanos. Desde então, vivo atormentado pela culpa. A toda a hora eu vejo um homem idoso, como o que não podia andar, que nós pusemos numa maca e dissemos à polícia Iraquiana para o levar. Eu sinto culpa a toda a hora que vejo uma mãe com os seus filhos, como aquela que chorava histericamente e gritava que isto era pior do que o Saddam, quando a obrigávamos a deixar a sua casa. Eu sinto culpa a toda a hora e vejo uma menina, como a que eu agarrei pelo braço e arrastei para a rua.

Disseram-nos que estávamos a lutar contra terroristas. O verdadeiro terrorista era eu. O verdadeiro terrorismo é a ocupação. O racismo nas Forças Armadas tem sido um instrumento importante para justificar a destruição e a ocupação de outro país. Tem sido muito utilizado para justificar a matança, a subjugação e para torturar outro povo. O racismo é uma arma fundamental usada por este governo. Uma arma mais importante do que um fuzil, um tanque, um bombardeiro ou um navio de guerra. É mais destrutivo do que um projéctil de artilharia, uma bomba antibunker ou um míssil Tomahawk. Embora todas essas armas sejam criadas e usadas pelo governo, elas são inofensivas, se não houver pessoas dispostas a utilizá-las. Aqueles que nos enviam para a guerra não têm de puxar o gatilho ou de lançar uma salva de morteiros, pois eles não têm de fazer a guerra, eles só têm de nos vender a guerra. Precisam de um público que esteja disposto a enviar os seus soldados para o perigo e  precisam de soldados que estejam dispostos a matar e a serem mortos, sem dúvida. Eles podem gastar milhões numa única bomba, mas essa bomba só se torna uma arma quando os militares subordinados se dispõem a seguir as ordens para usá-la. Podem enviar tropas para qualquer confim da terra, mas só haverá guerra se os soldados estiverem dispostos a combater.

A classe dominante - os bilionários que lucram com o sofrimento humano, que só se preocupam com a forma de aumentar a sua riqueza e controlar a economia mundial, sabem que a sua força reside apenas na sua capacidade de nos convencerem de que a guerra, a opressão e exploração são do nosso interesse. Eles sabem que a sua riqueza está dependente da sua capacidade para convencerem a classe trabalhadora a morrer para controlar o mercado de outro país. E convencer-nos a morrer e a matar, depende da sua capacidade para nos fazerem acreditar que somos de alguma forma superiores. Soldados, marinheiros, os fuzileiros navais e os aviadores, não têm nada a ganhar com esta guerra. A grande maioria das pessoas que vivem nos EUA não tem nada a ganhar com esta guerra. Na verdade, não só os soldados e os trabalhadores, não ganham nada com essa ocupação, como sofrem mais por causa dela. Perdemos membros, suportamos o trauma e damos as nossas vidas. As nossas famílias têm de olhar para os caixões cobertos com a bandeira, que descem à terra. Milhões de pessoas neste país, vivem sem cuidados de saúde, sem emprego, sem acesso à educação e vêem este governo desperdiçar mais de 400 milhões de dólares por dia nesta ocupação! Os trabalhadores pobres deste país, são enviados para matar trabalhadores pobres de outro país, para tornar os ricos mais ricos. Não havendo racismo, os soldados percebem que têm mais em comum com o povo iraquiano do que com os bilionários que nos enviam para a guerra.

Eu atirei pessoas para a rua no Iraque, mas quando voltei para casa encontrei aqui famílias atiradas para a rua, por esta crise trágica e desnecessária da execução das hipotecas. Precisamos de acordar e de perceber que os nossos verdadeiros inimigos não estão numa terra distante e que cujas culturas não entendemos. O nosso inimigo é gente que conhecemos bem e que podemos identificar, o inimigo é o sistema que nos manda para a guerra, quando é rentável; os inimigos são os administradores que nos expulsam dos empregos, quando é rentável; são as companhias de seguros que nos negam cuidados de saúde, quando é rentável; são os bancos que nos tiram as nossas casas, quando é rentável. Os nossos inimigos não estão a 5 mil milhas de distância. Eles estão aqui em casa e se nos organizarmos e lutarmos com nossos irmãos e irmãs, podemos parar esta guerra, podemos para este governo e podemos criar um mundo melhor."

Mike Prysner 
(membro da IVAW - Iraq Veterans Against the War, organização de ex-combatentes contrários à guerra)


Sobre Mike Prysner

http://en.wikipedia.org/wiki/Michael_Prysner
http://www2.answercoalition.org/site/News2?page=NewsArticle&id=9020&news_iv_ctrl=0&abbr=VSMTF 
http://www.keywiki.org/index.php/Mike_Prysner  

Facebook: https://www.facebook.com/michael.prysner

  

Ver este vídeo é o convite que faço a TODOS os cidadãos, SEM EXCEPÇÃO! Vale mesmo a pena perdermos alguns minutos do nosso tempo ouvindo o testemunho de alguém que DESPERTOU...

Depois de ouvirmos o discurso deste veterano da guerra do Iraque, jamais poderemos afirmar que: desconhecemos a VERDADEIRA ORIGEM das guerras; desconhecemos como são VIOLADOS OS DIREITOS HUMANOS dos cidadãos dos países que são invadidos; desconhecemos como é MANIPULADA A INFORMAÇÃO que chega até nós, através dos meios de comunicação social; desconhecemos que SOMOS ENGANADOS pelos nossos governantes!

É URGENTE tomarmos consciência que sempre que um país invade outro país, declarando-lhe guerra, isso só acontece porque o POVO desse mesmo país invasor, assim como o POVO dos outros países deste planeta aceitaram que isso acontecesse. Uns defendendo claramente a guerra e outros por omissão... Não sei qual destas duas posturas será a pior, se é a atitude daquele que diz para matar, se é atitude daquele que faz de conta que não vê, que não ouve e que não sabe que há gente a ser torturada, que há gente a morrer... Mas há algo que tenho certeza - NUNCA ALCANÇAREMOS A  PAZ NO MUNDO, ENQUANTO FORMOS ESPÍRITOS BELICOSOS!

Meditemos! Se queremos fazer parte de uma SOCIEDADE EVOLUÍDA, NÃO PODEREMOS CONTINUAR A PERMITIR que os nossos governantes CRIEM GUERRAS ou sejam CONIVENTES com as mesmas! Somos TODOS nós, cidadãos do mundo que temos que traçar o nosso futuro e para isso, é preciso que nos unamos e que saibamos dizer - BASTA!!! 


PARTILHEM! O discurso deste soldado contrário à guerra é digno de MUITA DIVULGAÇÃO! :)
 

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

John Perkins. “Portugal está a ser assassinado, como muitos países do terceiro mundo já foram”






"Chamou-se a si próprio assassino económico no livro “Confessions of an Economic Hit Man”, que se tornou bestseller do “New York Times”. 

Em tempos consultor na empresa Chas. T. Main, John Perkins andou dez anos  a fazer o que não devia, convencendo países do terceiro mundo a embarcar em projectos megalómanos, financiados com empréstimos gigantescos de bancos do primeiro mundo. Um dia, estava nas Caraíbas, percebeu que estava farto de negócios sujos e mudou de vida. Regressou a Boston e, para compensar os estragos que tinha feito, decidiu usar os seus conhecimentos para revelar ao mundo o jogo que se joga nos bastidores financeiros.


Como se passa de assassino económico a activista?
 
Em primeiro lugar é preciso passar-se por uma forte mudança de consciência e entender o papel que se andou a desempenhar. Levei algum tempo a compreender tudo isto. Fui um assassino económico durante dez anos e durante esse período achava que estava a agir bem. Foi o que me ensinaram e o que ainda ensinam nas faculdades de Gestão: planear grandes empréstimos para os países em desenvolvimento para estimular as suas economias. Mas o que vi foi que os projectos que estávamos a desenvolver, centrais hidroeléctricas, parques industriais, e outras coisas idênticas, estavam apenas a ajudar um grupo muito restrito de pessoas ricas nesses países, bem como as nossas próprias empresas, que estavam a ser pagas para os coordenar. Não estávamos a ajudar a maioria das pessoas desses países porque não tinham dinheiro para ter acesso à energia eléctrica, nem podiam trabalhar em parques industriais, porque estes não contratavam muitas pessoas. Ao mesmo tempo, essas pessoas estavam a tornar--se escravos, porque o seu país estava cada mais afundado em dívidas. E a economia, em vez de investir na educação, na saúde ou noutras áreas sociais, tinha de pagar a dívida. E a dívida nunca chega a ser paga na totalidade. No fim, o assassino económico regressa ao país e diz-lhes “Uma vez que não conseguem pagar o que nos devem, os vossos recursos, petróleo, ou o que quer que tenham, vão ser vendidos a um preço muito baixo às nossas empresas, sem quaisquer restrições sociais ou ambientais”. Ou então, “Vamos construir uma base militar na vossa terra”. E à medida que me fui apercebendo disto a minha consciência começou a mudar. Assim que tomei a decisão de que tinha de largar este emprego tudo foi mais fácil. E para diminuir o meu sentimento de culpa senti que precisava de me tornar um activista para transformar este mundo num local melhor, mais justo e sustentável através do conhecimento que adquiri. Nessa altura a minha mulher e eu tivemos um bebé. A minha filha nasceu em 1982 e costumava pensar como seria o mundo quando ela fosse adulta, caso continuássemos neste caminho. Hoje já tenho um neto de quatro anos, que é uma grande inspiração para mim e me permite compreender a necessidade de viver num sítio pacífico e sustentável.



Houve algum momento em particular em que tenha dito para si mesmo “não posso fazer mais isto”?
 
Sim, houve. Fui de férias num pequeno veleiro e estive nas Ilhas Virgens e nas Caraíbas. Numa dessas noites atraquei o barco e subi às ruínas de uma antiga plantação de cana-de-açúcar. O sítio era lindo, estava completamente sozinho, rodeado de buganvílias, a olhar para um maravilhoso pôr do Sol sobre as Caraíbas e sentia-me muito feliz. Mas de repente cheguei à conclusão que esta antiga plantação tinha sido construída sobre os ossos de milhares de escravos. E depois pensei como todo o hemisfério onde vivo foi erguido sobre os ossos de milhões de escravos. E tive também de admitir para mim mesmo que também eu era um esclavagista, porque o mundo que estava a construir, como assassino económico, consistia, basicamente, em escravizar pessoas em todo o mundo. E foi nesse preciso momento que me decidi a nunca mais voltar a fazê--lo. Regressei à sede da empresa onde trabalhava em Boston e demiti-me.



E qual foi a reacção deles?
 
De início ninguém acreditou em mim. Mas quando se aperceberam de que estava determinado tentaram demover-me. Fizeram-me propostas muito interessantes. Mas fui-me embora à mesma e deixei por completo de me envolver naquele tipo de negócios.



Diz que os assassinos económicos são profissionais altamente bem pagos que enganam os países subdesenvolvidos, recorrendo a armas como subornos, relatórios falsificados, extorsões, sexo e assassinatos. Pode explicar às pessoas que não leram o seu livro como tudo isto funciona?
 
Basicamente, aquilo que fazíamos era escolher um país, por exemplo a Indonésia, que na década de 70 achávamos que tinha muito petróleo do bom. Não tínhamos a certeza, mas pensávamos que sim. E também sabíamos que estávamos a perder a guerra no Vietname e acreditávamos no efeito dominó, ou seja, se o Vietname caísse nas mãos dos comunistas, a Indonésia e outros países iriam a seguir. Também sabíamos que a Indonésia tinha a maior população muçulmana do mundo e que estava prestes a aliar-se à União Soviética, e por isso queríamos trazer o país para o nosso lado. Fui à Indonésia no meu primeiro serviço e convenci o governo do país a pedir um enorme empréstimo ao Banco Mundial e a outros bancos, para construir o seu sistema eléctrico, centrais de energia e de transmissão e distribuição. Projectos gigantescos de produção de energia que de forma alguma ajudaram as pessoas pobres, porque estas não tinham dinheiro para pagar a electricidade, mas favoreceram muito os donos das empresas e os bancos e trouxeram a Indonésia para o nosso lado. Ao mesmo tempo, deixaram o país profundamente endividado, com uma dívida que, para ser refinanciada pelo Fundo Monetário Internacional, obrigou o governo a deixar as nossas empresas comprarem as empresas de serviços básicos de utilidade pública, as empresas de electricidade e de água, construir bases militares no seu território, entre outras coisas. Também acordámos algumas condicionantes, que garantiam que a Indonésia se mantinha do nosso lado, em vez de se virar para a União Soviética ou para outro país que hoje em dia seria provavelmente a China.



Trabalhou de muito perto com o Banco Mundial?
 
Muito, muito perto. Muito do dinheiro que tínhamos vinha do Banco Mundial ou de uma coligação de bancos que era, geralmente, liderada pelo Banco Mundial.



Sugere no seu livro que os líderes do Equador e do Panamá foram assassinados pelos Estados Unidos. No entanto, existem vários historiadores que defendem que isso não é verdade. O que acha que aconteceu com Jaime Roldós e Omar Torrijos?
 
Não existem provas sólidas quer do que aconteceu no Equador, com Roldós, quer do que se passou no Panamá, com Torrijos. Porém, existem muitas provas circunstanciais. Por exemplo, Roldós foi o primeiro a morrer, num desastre de avião em Maio de 1981, e a área do acidente foi vedada, ninguém podia ir ao local onde o avião se despenhou, excepto militares norte-americanos ou membros do governo local por eles designados. Nem a polícia podia lá entrar. Algumas testemunhas-chave do desastre morreram em acidentes estranhos antes de serem chamadas a depor. Um dos motores do avião foi enviado para a Suíça e os exames mostram que parou de funcionar quando estava ainda no ar e não ao chocar contra a montanha. Isto é, existem provas circunstanciais tremendas em torno desta morte, e além disso todos estavam à espera que Jaime Roldós fosse derrubado ou assassinado porque não estava a jogar o nosso jogo. Logo depois de o seu avião se ter despenhado, Omar Torrijos juntou a família toda e disse: “O meu amigo Jaime foi assassinado e eu vou ser o próximo, mas não se preocupem, alcancei os objectivos que queria alcançar, negociei com sucesso os tratados do canal com Jimmy Carter e esse canal pertence agora ao povo do Panamá, tal como deve ser. Por isso, depois de eu ser assassinado, devem sentir-se bem por tudo aquilo que conquistei.” A verdade é que os EUA, a CIA e pessoas como o Henry Kissinger admitiram que o nosso país tinha derrubado Salvador Allende, no Chile; Jacobo Arbenz, na Guatemala; Mohammed Mossadegh, no Irão; participámos no afastamento de Patrice Lumumba, no Congo; de Ngô Dinh Diem, no Vietname. Existem inúmeros documentos sobre a história dos EUA que provam que fizemos estas coisas e continuamos a fazê-las. Sabe-se que estivemos profundamente envolvidos, em 2009, no derrube no presidente Manuel Zelaya, nas Honduras, e na tentativa de afastar Rafael Correa, no Equador, também há não muito tempo. Os EUA admitiram muitas destas coisas e pensar que eles não estiveram envolvidos nos homicídios de Roldós e Torrijos... Estes dois homens foram assassinados quase da mesma forma, num espaço de três meses. Ambos tinham posições contrárias aos EUA e às suas empresas e estavam a assumir posições fortes para defender os seus povos – é pouco razoável pensar o contrário.



Algumas pessoas acusam-no de ser um teórico da conspiração. O que tem a dizer sobre isso?
 
Bem, não sou, de modo nenhum, um teórico da conspiração. Não acredito que exista uma pessoa ou um grupo de pessoas sentadas no topo a tomar todas as decisões. Mas torno muito claro no meu último livro, “Hoodwinked” (2009), e também em “Confessions of an Economic Hit Man” (2004) – editado em Portugal pela Pergaminho em 2007 com o título “Confissões de Um Mercenário Económico: a Face Oculta do Imperialismo Americano” –, que as multinacionais são movidas por um único objectivo que é maximizar os lucros, independentemente das consequências sociais e ambientais. Estes últimos são novos objectivos que não eram ensinados quando estudei Gestão, no final dos anos 60. Ensinaram-me que havia apenas este objectivo entre muitos outros, por exemplo tratar bem os funcionários, dar-lhes uma boa assistência na saúde e na reforma, ter boas relações com os clientes e os fornecedores, e também ser um bom cidadão, pagar impostos e fazer mais que isso, ajudar a construir escolas e bibliotecas. Tudo se agravou nos anos 70, quando Milton Friedman, da escola de economia de Chicago, veio dizer que a única responsabilidade no mundo dos negócios era maximizar os lucros, independentemente dos custos sociais e ambientais. E Ronald Reagan, Margaret Thatcher e muitos outros líderes mundiais convenceram-se disso desde então. Todas estas empresas são orientadas segundo este objectivo e quando alguma coisa o ameaça, seja um acordo de comércio multilateral seja outra coisa qualquer, juntam-se para garantir que o mesmo é protegido. Isto não é uma conspiração, uma conspiração é ilegal, isto que fazem não é. No entanto, é extremamente prejudicial para a economia mundial.



Também escreveu que o objectivo último dos EUA é construir um império global. Como vê a recente estratégia norte-americana contra a China e o Irão?
 
Actualmente, podemos dizer que o novo império não é tanto americano como formado por multinacionais. Penso que a ditadura das grandes empresas e dos seus líderes forma hoje a versão moderna desse império. Repito, isto não é uma conspiração, mas todos eles são movidos por esse objectivo de que falámos anteriormente.



Mas vários especialistas defendem que estamos num cenário de terceira guerra mundial, com a China, a Rússia e o Irão de um lado e os EUA, a União Europeia (UE) e Israel do outro. E que toda a conversa de Washington em torno do programa nuclear iraniano não passa de uma grande mentira.
 
Não acredito que todo este conflito seja motivado por armas nucleares. Na verdade, vários estudos recentes, alguns deles das mais respeitadas agências de informações norte-americanas, mostram que não existem armas nucleares no Irão. E acredito que tudo isto não se deve apenas aos recursos iranianos mas também à ameaça de Teerão de vender petróleo no mercado internacional numa moeda que não o dólar, uma ameaça também feita por Muammar Kadhafi, na Líbia, e Saddam Hussein, no Iraque. Os nort-americanos não gostam que ameacem o dólar e não gostam que ameacem o seu sistema bancário, algo que todos esses líderes fizeram – o líder do Irão, o líder do Iraque, o líder da Líbia. Derrubaram dois deles e o terceiro ainda lá está. Penso que é disto que se trata. Não tenho dúvidas de que a Rússia está a gostar de ver a agitação entre a UE e o Irão, porque Moscovo tem muito petróleo e, se os fornecedores iranianos deixarem de vender, o preço do petróleo vai subir, o que será uma grande ajuda para a Rússia. É difícil acreditar que qualquer destes países queira mesmo entrar numa terceira guerra mundial. No fundo, o que querem é estar constantemente a confundir as pessoas, parecendo que querem entrar em conflito e ajudar a alimentar as máquinas de guerra, porque isso ajuda uma série de grandes empresas.



Como durante a Guerra Fria?
 
Sim, como durante a Guerra Fria, porque isso é bom para os negócios. No fundo, estes países estão todos a servir os interesses das grandes empresas. Há algumas centenas de anos, a geopolítica era maioritariamente liderada por organizações religiosas; depois os governos assumiram esse poder. Agora chegámos à fase em que a geopolítica é conduzida em primeiro lugar pelas grandes multinacionais. E elas controlam mesmo os governos de todos os países importantes, incluindo a Rússia, a China e os EUA. A economia da China nunca poderia ter crescido da forma que cresceu se não tivesse estabelecido fortes parcerias com grandes multinacionais. E todos estes países são muito dependentes destas empresas, dos presidentes destas empresas, que gostam de baralhar as pessoas, porque constroem muitos mísseis e todo o tipo de armas de guerra. É uma economia gigante. A economia norte-americana está mais baseada nas forças armadas que noutra coisa qualquer. Representa a maior fatia do nosso orçamento oficial e uma parte maior ainda do nosso orçamento não oficial. Por isso tanto a guerra como a ameaça de guerra são muito boas para as grandes multinacionais. Mas não acredito que haja alguém que nos queira ver de facto entrar em guerra, dada a natureza das armas. Penso que todas as pessoas sabem que seria extremamente destrutivo.



Como avalia o trabalho de Barack Obama enquanto presidente dos EUA?
 
Penso que se esforçou muito por agir bem, mas está numa posição extremamente vulnerável. Assim que alguém entra na Casa Branca, sejam quais forem as suas ideias políticas, os seus motivos ou a sua consciência, sabe que é muito vulnerável e que o presidente dos EUA, ou de outro país importante, pode ser facilmente afastado. Nalgumas partes do mundo, como a Líbia ou o Irão, talvez só com balas o seu poder possa ser derrubado, mas em países como os EUA um líder pode ser afastado por um rumor ou uma acusação. O presidente do FMI, Dominique Strauss-Kahn, ver a sua carreira destruída por uma empregada de quarto de um hotel, que o acusou de violação, foi um aviso muito forte a Obama e a outros líderes mundiais. Não estou a defender Strauss-Kahn – não faço a mínima ideia de qual é a verdade por trás do que aconteceu, mas o que sei é que bastou uma acusação de uma empregada de quarto para destruir a sua carreira, não só como director do FMI mas também como potencial presidente francês. Bill Clinton também foi afastado por um escândalo sexual, mas no tempo de John Kennedy estas coisas não derrubavam presidentes. Só as balas. Porém, descobrimos com Bill Clinton que um escândalo sexual – e não é preciso ser uma coisa muito excitante, porque aparentemente ele nem sequer teve sexo com a Monica Lewinsky, fizeram uma coisa qualquer com um charuto que já não me lembro – foi o suficiente para o descredibilizar. Por isso Obama está numa posição muito vulnerável e tem de jogar o jogo e fazer o melhor que pode dentro dessas limitações. Caso contrário, será destruído.



No fim do ano passado escreveu um artigo onde afirmava que a Grécia estava a ser atacada por assassinos económicos. Acha que Portugal está na mesma situação?
 
Sim, absolutamente, tal como aconteceu com a Islândia, a Irlanda, a Itália ou a Grécia. Estas técnicas já se revelaram eficazes no terceiro mundo, em países da América Latina, de África e zonas da Ásia, e agora estão a ser usadas com êxito contra países como Portugal. E também estão a ser usadas fortemente nos EUA contra os cidadãos e é por isso que temos o movimento Occupy. Mas a boa notícia é que as pessoas em todo o mundo estão a começar a compreender como tudo isto funciona. Estamos a ficar mais conscientes. As pessoas na Grécia reagiram, na Rússia manifestam-se contra Putin, os latino-americanos mudaram o seu subcontinente na última década ao escolher presidentes que lutam contra a ditadura das grandes empresas. Dez países, todos eles liderados por ditadores brutais durante grande parte da minha vida, têm agora líderes democraticamente eleitos com uma forte atitude contra a exploração.
Por isso encorajo as pessoas de Portugal a lutar pela sua paz, a participar no seu futuro e a compreender que estão a ser enganadas. O vosso país está a ser saqueado por barões ladrões, tal como os EUA e grande parte do mundo foi roubado. E nós, as pessoas de todo o mundo, temos de nos revoltar contra os seus interesses. E esta revolução não exige violência armada, como as revoluções anteriores, porque não estamos a lutar contra os governos mas contra as empresas. E precisamos de entender que são muito dependentes de nós, são vulneráveis, e apenas existem e prosperam porque nós lhes compramos os seus produtos e serviços. Assim, quando nos manifestamos contra elas, quando as boicotamos, quando nos recusamos a comprar os seus produtos e enviamos emails a exigir-lhes que mudem e se tornem mais responsáveis em termos sociais e ambientais, isso tem um enorme impacto. E podemos mudar o mundo com estas atitudes e de uma forma relativamente pacífica.
Mas as próprias empresas deviam ver que a ditadura das multinacionais é um beco sem saída.
Bem, penso que está absolutamente certa. Há alguns meses estive a falar numa conferência para 4 mil CEO da indústria das telecomunicações em Istambul e vou regressar lá, dentro de um mês, para uma outra conferência de CEO e CFO de grandes empresas comerciais, e digo-lhes a mesma coisa. Falo muitas vezes com directores-executivos de empresas e sou muitas vezes chamado a dar palestras em universidades de Gestão ou para empresários e também lhes digo o mesmo. Aquilo que fizemos com esta economia mundial foi um fracasso. Não há dúvida. Um exemplo disso: 5% da população mundial vive nos EUA e, no entanto, consumimos cerca de 30% dos recursos mundiais, enquanto metade do mundo morre à fome ou está perto disso. Isto é um fracasso. Não é um modelo que possa ser replicado em Portugal, ou na China ou em qualquer lado. Seriam precisos mais cinco planetas sem pessoas para o podermos copiar. Estes países podem até querer reproduzi-lo, mas não conseguiriam. Por isso é um modelo falhado e você tem razão, porque vai acabar por se desmoronar. Por isso o desafio é como mudamos isto e como apelar às grandes empresas para fazerem estas mudanças. Obrigando-as e convencendo-as a ser mais sustentáveis em termos sociais e ambientais. Porque estas empresas somos basicamente nós, a maioria de nós trabalha para elas e todos compramos os seus produtos e serviços. Temos um enorme poder sobre elas. Por definição, uma espécie que não é sustentável extingue-se. Vivemos num sistema falhado e temos de criar um novo. O problema é que a maior parte dos executivos só pensa a curto prazo, não estão preocupados com o tipo de planeta que os seus filhos e os seus netos vão herdar.



Podemos afirmar que esta crise mundial foi provocada por assassinos económicos e rotular os líderes da troika como serial killers?
 
Penso que é justo dizer que os assassinos económicos são os homens de mão, nós, os soldados, e os presidentes das grandes multinacionais e de organizações como o Banco Mundial, o FMI ou Wall Street, os generais.



Ainda há dias o “Financial Times” divulgou que os gestores financeiros de Wall Street andavam a tomar testosterona para se tornarem ainda mais competitivos. Isto faz parte do beco sem saída de que está a falar?
 
A sério?! Ainda não tinha ouvido isso, mas não me surpreende nada. No entanto, aquilo que precisamos hoje em dia é de um lado feminino, temos de caminhar na direcção oposta e livrar-nos dessa testosterona. Precisamos de mais líderes mulheres, mulheres reais – não homens vestidos com roupas de mulher, por assim dizer – para trazerem com elas os valores de receptividade e do apoio e encorajarem os homens a cultivar isso neles próprios. Nós, homens, temos de estar muito mais ligados ao nosso lado feminino.



Se fôssemos apresentar esta crise económica à polícia, quem seriam os criminosos a acusar?
 
Pense em qualquer grande multinacional e à frente dessa multinacional estará alguém responsável pela ditadura empresarial, seja a Goldman Sachs, em Wall Street, seja a Shell, a Monsanto ou a Nike. Todos os líderes dessas empresas estão profundamente envolvidos em tudo isto e, da mesma forma, estão os líderes do FMI, do Banco Mundial e de outras grandes instituições bancárias. Detesto estar a dar nomes, estas pessoas estão sempre a mudar de emprego, por isso prefiro apontar os cargos. Eles estão sempre em rotação, por exemplo, o nosso antigo presidente, George W. Bush, veio da indústria petrolífera. A sua secretária de Estado, Condoleezza Rice, também veio da indústria petrolífera. Já Obama tem a sua política financeira concebida por Wall Street, maioritariamente pela Goldman Sachs. Mudaram-se da empresa para a actual administração norte-americana. A sua política de agricultura é feita por pessoas da Monsanto e de outras grandes empresas do sector. E a parte triste é que assim que o seu tempo expirar em Washington voltam para essas empresas. Vivemos num sistema incrivelmente corrupto. Aquilo a que chamamos política das portas giratórias é só uma outra designação de corrupção extrema."


Publicado em 24 de Set de 2012

Sara Sanz Pinto (iInformação) 



Sobre John Perkins


Site Oficial: http://www.johnperkins.org/
 

Lindo demais!




quarta-feira, 21 de novembro de 2012

"Mês da História Negra" - Morgan Freeman (legendado PT)





"... vídeo legendado sobre a opinião de Morgan Freeman sobre o Mês da História Negra nos Estados Unidos, o equivalente ao Dia da Consciência Negra no Brasil."


Sobre o "Dia da Consciência Negra": http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_da_Consci%C3%AAncia_Negra
Sobre o "Mês da História Negra!: http://en.wikipedia.org/wiki/Black_History_Month


Os meus PARABÉNS a Morgan Freeman! Boa lição! :)

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Pare (Pai) - Joan Manuel Serrat




































Children see, children do...





A 2006 Australian commercial for Childfriendly.



Name: "Make Your Influence Positive"
Country: Australia
Brand: Childfriendly.org.au
Year: 2006
Agency: DDB Needham (Sydney)
Prod: Soma Films (Sydney)
Dir. Sean Meehan


Para educar, não basta darmos o exemplo... É preciso sabermos que tipo de exemplo estamos a dar hoje às nossas crianças, para que não tenhamos que lamentar amanhã... AS CRIANÇAS VÊEM, AS CRIANÇAS FAZEM!

Vinho decide concurso na AR


Recebi esta "maravilhosa" notícia por email...




E enquanto muitos cidadãos passam fome neste país, "a Assembleia da República exclui as nove propostas que se apresentaram a concurso para fornecimento das cafetarias do Parlamento por insuficiência de oferta na carta de vinhos e bebidas espirituosas", pois, nas mesmas há "variedades insuficientes de Portos brancos, de xaropes, de Verde branco do Minho e de Vermutes, vodka e wisky"... 

Para o povo não há dinheiro, mas sim, sempre mais e mais MEDIDAS DE AUSTERIDADE, mas para os nossos governantes NÃO PODE FALTAR "PERDIZ, PORCO PRETO ALIMENTADO A BOLOTA E LEBRE"... Pois é...


Para quem tiver dificuldades em acreditar...

Vinho decide concurso na AR

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Gravar from slcaetano


Esta é sem dúvida uma grande lição de sabedoria que irei ler, reler e reler... :) 

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Intervenção de Mauro Sampaio no Programa "Prós e Contras" de 15 de Out de 2012





Programa "Prós e Contras" de Fátima Campos Ferreira, em de 15 de Outubro de 2012 - RTP - 2ª Parte

Tema de debate: O Impacto do Orçamento de Estado na Sociedade Portuguesa (Economia Estrangulada)
Ver aqui: http://www.rtp.pt/play/p40/e95826/pros-e-contras/262504



 Tomei a liberdade de transcrever algumas partes deste fabuloso discurso...

"... há corrupção a todos os níveis na sociedade!"

"E a confiança só nasce de uma gestão responsável e honesta. Nós temos efectivamente corrupção a sério!"

"PORTUGAL E GRÉCIA FALIRAM POR CORRUPÇÃO DO ESTADO!"

"NÃO HÁ UM PROCESSO EM PORTUGAL QUE TERMINE E QUE ALGUÉM SEJA PRESO!!!"


"Nós temos um ministro que foi da administração interna, ministro das polícias, que está meio fugido, meio exilado em Cabo Verde!!! Um PRESIDENTE DA REPÚBLICA que é economista e que sabia perfeitamente que o BPN servia para "LAVAR DINHEIRO"!!!"

"Eu fui microempresário desde os 22 anos e não precisei de Miguel Relvas para buscar "cunhas" para meter dinheiro na minha empresa!"


Mauro Sampaio 


Eis um homem que não tem medo de FALAR A VERDADE! Os meus parabéns ao Mauro Sampaio (microempresário luso-brasileiro, residente em Portugal faz 30 anos) pela sua coragem e pela sua lucidez! Bem-Haja!

Este discurso é digno de muita DIVULGAÇÃO! Conhecer a verdade é um DIREITO e um DEVER de cada cidadão!

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Porto




Vídeo de Marcelo recusado pela Alemanha


"Já pode ser visionado o vídeo promovido por Marcelo Rebelo de Sousa e que as autoridades alemãs não aceitaram que fosse visionado em Berlim.

Um dia depois de ter sido recusada a divulgação do vídeo na Praça Sony de Berlim, e um dia antes da visita da chanceller Angela Merkel a Portugal, já pode ser visto o vídeo promocional de Portugal que foi impulsionado por Marcelo Rebelo de Sousa.

O vídeo pretende ser um apelo à solidariedade alemã para com Portugal, exemplificando com a solidariedade que Portugal e a Europa tiveram para com a Alemanha na altura da reunificação.

São ainda apresentados vários dados quanto à austeridade sobre Portugal e ao esforço que os portugueses têm sido obrigados a fazer nos ultimos tempos.

A intenção de elaborar um vídeo promocional de Portugal tinha sido anunciada por Marcelo há várias semanas na TVI, e a sua realização foi conseguida com a colaboração de Rodrigo Moita de Deus, blogger e atual dirigente nacional do PSD (faz parte da comissão política nacional)."

Publicado em 11 de Nov de 2012 

Martim Silva (www.expresso.pt)


Ich Bin Ein Berliner - o vídeo de Marcelo Rebelo de Sousa




Fonte: http://expresso.sapo.pt/veja-o-video-de-marcelo-recusado-pela-alemanha=f766185

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Couro de Boi


Couro de Boi

Conheço um velho ditado que é do tempo do Zé Gaio
Diz que um pai trata dez filhos, dez filhos não trata um pai
Sentindo o peso dos anos sem poder mais trabalhar
O velho peão estradeiro com seu filho foi morar
O rapaz era casado e a mulher deu de implicar
Você manda o velho embora se não quiser que eu vá
E o rapaz, coração duro, com seu velho foi falar

Para o senhor se mudar, meu pai, eu vim lhe pedir
Hoje, aqui da minha casa, o senhor tem que sair
Leva este couro de boi que eu acabei de curtir
Pra lhe servir de coberta onde o senhor dormir

O pobre velho, calado, pegou o couro e saiu
Seu neto de oito anos, que aquela cena assistiu
Correu atrás do avô, seu paletó sacudiu
Metade daquele couro, chorando, ele pediu

O velhinho, comovido, pra não ver o neto chorando
Partiu o couro no meio e ao netinho foi dando
O menino chegou em casa, seu pai foi perguntando:
Pra que você quer este couro que seu avô ia levando?

Disse o menino ao pai, um dia vou me casar
O senhor vai ficar velho e comigo vem morar
Pode ser que aconteça de nós não se combinar
Esta metade do couro vou dar pro senhor levar


Fonte: http://www.beakauffmann.com/mpb_c/couro-de-boi.html 



 


Narração: Zezé di Camargo 

Autoria: segundo um comentário publicado no YouTube, "Couro de Boi" foi composta nos idos de 1950 por Teddy Vieira e Diogo Mulero (o popular Palmeira).


"Com o objetivo de sensibilizar e mobilizar a sociedade em torno de ações para a melhoria da qualidade de vida das pessoas com 60 anos ou mais, o Servas e o Governo de Minas lançaram nesta quinta-feira, 22 de outubro, no Palácio da Liberdade, a campanha de valorização da pessoa idosa. O lançamento foi feito pela presidente do Servas, Andrea Neves, e pelo governador Aécio Neves. Além de parceiros da iniciativa, o cantor Zezé di Camargo, que está em um dos filmes a ser veiculado, esteve presente na solenidade e, ao final, cantou a música "Couro de Boi", tema da campanha, com Luciana Tolentino e o músico Geraldo Almeida ao violão.

 
A campanha, que será veiculada em TVs, rádios e impresos, chama a atenção para a necessidade da mudança de atitude e inclusão dos idosos na rotina das famílias. Foram produzidos dois filmes, sendo que o primeiro a ser divulgado tem o cantor Zezé di Camargo, que aderiu à campanha não cobrando cachê. O artista recita a letra da música "Couro de Boi", de Diogo Mulero e Teddy Vieira. O segundo mostra imagens de idosos sozinhos em casa, enquanto outras pessoas relatam uma rotina que não os inclui.

Também será dado o alerta para a necessidade de denunciar qualquer situação que exponha o idoso a riscos, com a divulgação do Disque Direitos Humanos (0800 031 11 19), serviço gratuito e sigiloso. Os números do Disque Direitos Humanos demonstram um crescimento de 30% nas denúncias de violência contra a pessoa idosa, passando de 133 entre janeiro e setembro de 2008, para 173 em igual período deste ano.

Desenvolvida pelo Servas e Governo de Minas, por meio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), a campanha tem o apoio do Conselho Estadual do Idoso de Minas Gerais e Ministério Público. São parceiros da iniciativa o Banco BMG, Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram), Sindicato das Indústrias da Construção Pesada de Minas Gerais (Sicepot), Sistema Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e Unimed. Também apoiam a campanha TVs, rádios e jornais mineiros, oferecendo solidariamente espaço para veiculação."

Servas, 2009

Fonte: http://www.youtube.com/user/tvservas


Sem dúvida, este vídeo cumpre bem o seu objectivo! Ficamos a reflectir... Hoje somos pais, amanhã seremos avós. O tratamento que hoje damos aos nossos pais, será o tratamento que um dia iremos receber dos nossos filhos e nessa altura, iremos perceber que fomos nós próprios que demos o exemplo...

Divulguem! :)