Filme completo, versão legendada em português (Br)...
Eis alguns dos FABULOSOS diálogos com Sócrates (incluídos neste filme, com legenda em Pt-Br), sobre: BELEZA, PIEDADE, RELIGIÃO e MORTE, RIQUEZA e PODER...
É INCRÍVEL o quantonós, vivendo em pleno Séc. XXI, temos TANTO a APRENDER com as IDEIAS e ACÇÕES de um homem, de Atenas (berço da DEMOCRACIA), que viveu entre 469 a.C. ou 470 a.C. a 399 a.C!!!
Sem dúvida, um filme repleto de diálogos IMPERDÍVEIS, absolutamente ENRIQUECEDOR e INESQUECÍVEL!!! :-)
Tomei a liberdade de transcrever algumas partes deste filme...
"... Admiro tal coragem. E preciso de tal CORAGEM, porque também estou
DISPOSTO A MORRER PELA CAUSA. Mas, caro amigo... NÃO EXISTE CAUSA PELA
QUAL EU ESTEJA DISPOSTO A MATAR.
NÃO ATACAREMOS ninguém, nem
MATAREMOS, independentemente daquilo que nos fizerem, Mas, não
deixaremos que nos tirem as impressões digitais. Meter-nos-ão na prisão e
tirar-nos-ao aquilo que temos. Mas, não conseguirão a nossa DIGNIDADE,
se não formos nós a dá-la.
Só vos peço: LUTAI! Lutaremos contra a
ira deles, mas sem provocá-los. Não ergueremos a mão contra eles. Antes
pelo contrário, aceitaremos as pancadas deles. A nossa DOR
mostrar-lhes-á o que é INJUSTIÇA. Sei que irá doer, porque toda a luta
inclui também DOR. Mas é impossível perdermos. É IMPOSSÍVEL.
PODEM
TORTURAR O MEU CORPO, SE ASSIM QUISEREM. PODEM PARTIR-ME OS OSSOS...
PODEM ATÉ MATAR-ME. DEPOIS, TERÃO O MEU CORPO, MAS... NUNCA A MINHA
OBEDIÊNCIA!!!"
...
"Quando estou desesperado, recordo-me
sempre que OS CAMINHOS DO AMOR E DA VERDADE SEMPRE VENCERAM. Existiram
sádicos e homicidas, supostamente invencíveis, mas ACABARAM SEMPRE POR
CAIR. Recorda-te sempre disso. Sempre!"
...
"A minha cidade
natal é uma cidade à beira-mar, como vê. Uma cidade repleta de hindus,
muçulmanos, siques, judeus, persas. A minha família pertencia aos
Pranami, evidentemente hindus. O sacerdote no nosso templo, porém, lia o
Alcorão muçulmano e a Gita hindu. MUDAVA DE ESCRITURAS, COMO SE NÃO
INTERESSASSE QUAL LESSE, DESDE QUE FOSSE LOUVAR A DEUS."
Gandhi
Trailer original (em inglês)...
Gandhi, uma personalidade EXTRAORDINÁRIA, um verdadeiro MESTRE, um filme de EXCELÊNCIA, que eu JAMAIS conseguirei esquecer!!! :-)
Título no Brasil: A Corrente do Bem Título original: Capitalism: Pay It Forward Ano: 2000 Realização: Mimi Leder
Interpretação: Haley Joel Osment, Helen Hunt, Kevin Spacey
Argumento: Leslie Dixon Género: Drama Duração: 123 min
Classificação: M/12 Outros dados: EUA, Cores
Sinopse
"A cineasta nova-iorquina Mimi Leder inspirou-se num romance inédito
de Catherine Ryan Hyde e realizou "Favores em Cadeia", um filme que
acompanha a vida solitária de Eugene Simonet (Kevin Spacey), um homem
cheio de complexos devido ao seu aspecto. Eugene é o novo professor de
Estudos Sociais numa escola de bairro de Las Vegas e na primeira aula
desafia os seus alunos (com 11 anos) a fazerem um exercício fora do
vulgar: mudar o mundo para melhor. Um dos alunos, Trevor McKinney (Haley
Joel Osment, o rapaz-revelação de "Sexto Sentido") vai ter uma ideia
genial: através de uma espécie de jogo, cada vez que alguém recebe um
favor, terá de retribuir o acto de benevolência a mais três pessoas, e
assim sucessivamente até se formar uma enorme cadeia de boas acções.
Para grande surpresa da mãe (Helen Hunt), Trevor inicia o exercício
dando abrigo a um toxicodependente (James Caviezel, o soldado Witt de
"Barreira Invisível"). Mas ainda lhe restam duas pessoas para poder
concluir o trio que será o alvo dos seus favores..."
Assisti a este filme ontem e fiquei absolutamente ENCANTADA!!! O elenco é FABULOSO e o filme EMOCIONANTE, INSPIRADOR e CONTAGIANTE!!!
Algo profundamente BELO, que RECOMENDO VIVAMENTE! :-)
Um LIVRO, um FILME, um MOVIMENTO...
"Pay It Forward (PIF) é o movimento mundial que começou oficialmente no ano 2000, depois do livro com o mesmo nome ser publicado. Escrito por Catherine Ryan Hyde, conta a história da visão de um menino de como ele poderia mudar o mundo, com um ato de bondade de cada vez.
PIF é uma escolha de vida simples, mas profunda, para ser gentil, aceitar os outros e ter uma ação positiva sob a forma de atos aleatórios de bondade. A pulseira PIF - criada e patenteada por Charley Johnson, diretor do movimento Pay it Forward Global - foi escolhida como "um lembrete físico" para pagar para a frente.
A experiência Pay it Forward é simples. Fazes algo de bom por alguém e quando te agradecem por isso, dizes que apenas pedes que pague para a frente, fazendo algo de bom por outra pessoa, com um ato de bondade da sua escolha.
Não há limites para este movimento: nem idade, raça, religião, género, filiação política, QI, fama, localização geográfica, nível de qualificação, linguagem, ou situação financeira. Todos podem ser gentis com os outros e o ato de bondade escolhido pode custar de zero a milhões, dependendo das circunstâncias de cada um.
Atos aleatórios de bondade mudam vidas. Nós nunca sabemos a situação do outro no momento em que escolhemos chegar a ele, mas sabemos que, qualquer que seja o caso, o nosso ato de bondade vai fazê-lo sorrir e ver o mundo sob uma luz mais brilhante."
"Na sequência de um acidente de parapente que o deixou tetraplégico, Philippe (François Cluzet), um aristocrata francês de meia-idade, decide contratar alguém que o apoie nas suas rotinas diárias. É então que conhece Driss (Omar Sy), um jovem senegalês de um bairro problemático, recém-saído da prisão. Driss é, segundo todas as aparências, alguém totalmente inadequado à função, porém Philippe, estabelecendo com ele um vínculo imediato, contrata-o. Assim, com o passar dos dias, aqueles dois homens com vidas tão díspares vão encontrar coisas em comum que ninguém julgaria possíveis, nascendo entre eles uma amizade que, apesar de improvável, se tornará mais profunda a cada dia. Realizado por Olivier Nakache e Eric Toledano, uma comédia dramática baseada no livro autobiográfico "Le Second Soufflé", escrito por Philippe Pozzo di Borgo. O filme, o mais visto em França em 2011, é já a película francesa mais rentável de sempre. O dinheiro arrecadado com a venda dos direitos da adaptação do livro foram doados a uma associação de ajuda a portadores de deficiência motora."
"Taxar
os ricos: Um conto de fadas animado, é narrado por Ed Asner, com
animação de Mike Konopacki. Escrito e dirigido por Fred Glass para a
Federação de Professores da Califórnia. Um vídeo de 8 minutos sobre como
chegámos a este momento de serviços públicos mal financiados e
ampliando a desigualdade econômica. As coisas vão para baixo numa terra
feliz e próspera após os ricos decidirem que não querem pagar mais
impostos. Dizem às pessoas que não há alternativa, mas as pessoas não
têm assim tanta certeza. Esta terra tem uma semelhança surpreendente com
a nossa terra. Para mais informações, www.cft.org"
Título em Portugal: Capitalismo: Uma História de Amor Título original: Capitalism: A Love Story Ano: 2009 De: Michael Moore Género: Documentário Duração: 120 min Outros dados: EUA, Cores
Sinopse
"Ao mesmo tempo com humor e coragem, Capitalism: A Love Story explora uma pergunta: "Qual o preço que a América tem de pagar pelo seu amor pelo capitalismo?" Há alguns anos esse amor parecia inocente. Hoje, no entanto, o Sonho Americano parece mais um pesadelo, quando as pessoas têm de pagar com os seus empregos, a suas casas e as suas poupanças. Moore leva-nos até às casas de gente normal, cujas vidas ficaram viradas do avesso, e vai à procura de explicações em Washington e outros locais. O que descobrimos tem os sintomas tão familiares de uma história de amor que deu para o torto: mentiras, abuso, traição…e 14,000 empregos perdidos todos os dias. Capitalism: A Love Story é não a derradeira tentativa de Michael Moore para responder à pergunta que tem andado a fazer ao longo da sua tão ilustre como controversa carreira: Quem somos nós e porque razão nos comportamos assim?"
Mais um filme excepcional de Michael Moore! Achei particularmente interessante o exemplo de duas empresas que funcionavam em regime de COOPERATIVA (as decisões eram tomadas em conjunto e os lucros divididos entre todos os trabalhadores, sem excepção) assim como, as iniciativas de vários cidadãos que se uniam nas lutas pelos seus direitos e os respectivos resultados destas.
Michael Moore pergunta aos companheiros Americanos: "O que se passa connosco?". Moore procura respostas no Canadá, Inglaterra e França, onde todos os cidadãos têm cuidados médicos gratuitos. Moore procura mostrar que o sistema de saúde americano está em último lugar, entre os países mais desenvolvidos, apesar de ter um custo por pessoa mais elevado que qualquer outro sistema de saúde no mundo. Finalmente, Moore reúne um grupo de heróis de salvamento do ‘11 de Setembro’ que sofrem de doenças debilitantes, incapazes de receber ajuda no seu país e leva-os para o mais inesperado lugar… onde recebem o tratamento adequado, indisponível na sua e mais rica nação da terra.
No YouTube também podem assistir ao filme (completo) em versão legendada (PT)...
Este documentário mostra-nos perfeitamente como o SIMPLES FACTO DE nascermos e / ou vivermos num determinado país chamado EUA, França, Inglaterra, Canadá ou Cuba poderá ser tão DETERMINANTE na nossa vida!
Conhecem a expressão: "Diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és"? Pois é... Acho que depois de vermos este filme, poderemos dizer, com toda a segurança:
"Diz-me onde nasceste / vives, dir-te-ei como será a tua vida!"
Se o povo português não tomar uma atitude, qualquer dia a realidade (dos
EUA) a que assistimos no filme "Sicko" (2007) do realizador Michael
Moore ainda vai ser a realidade em Portugal... Já faltou mais...
Gosto muito do realizador Michael Moore e este filme é uma das suas obras, que considero de EXCELÊNCIA! Trata-se de um documentário que deveria ser visto por todos os cidadãos do mundo, pois conhecer a verdade é um DIREITO e um DEVER de cada cidadão. Recomendo vivamente!
Esta é a minha sugestão de cinema para este Domingo. Se gostarem, PARTILHEM também! :)
Nota: nesta página podem ver um vídeo que eu já tinha partilhado, sobre o SNS em Inglaterra, que é uma parte deste filme:
Título no Brasil: São Francisco de Assis Título Original: Francis of Assisi Ano de Lançamento: 1961 De: Michael Curtiz Com: Bradford Dillman, Stuart Whitman, Dolores Hart País de Origem: EUA Género: Drama / Biografia Tempo de Duração: 105 minutos Classificação IMDB: 6,3
Sinopse:
"Nascido em berço de ouro, cercado de privilégios, paixões e luxo, Francisco de Assis veio a ser um dos mais amados e reverenciados santos da história. Bradford Dillman interpreta de modo marcante o ambicioso aventureiro que ouve a voz de Deus e responde abandonando sua vida de conforto. Ao trocar a espada pela cruz, ele se eleva à glória... mas acaba tendo o trabalho de sua vida ameaçado por uma hierarquia corrupta e ciumenta dentro da própria Igreja. Sob a batuta de Michael Curtiz, famoso diretor de Casablanca, esta história épica de coragem e sacrifício é uma inspiração para toda a família"
Esta sinopse e o filme estão disponíveis no YouTube (filme completo)...
Idealização: Paulo Vasconcellos Realização: Instituto Nina Rosa Género: Curta-metragem, documentário, animação Apoio: TV Bicho Roteiro e Direção: Denise Tavares Gonçalves Com a participação (voluntária) de: Ellen Jabour, Eduardo Pires Inspirado em: Story of Styff (A História das Coisas) de Annie Leonard Duração: 16:38 min
"A
discussão sobre o veganismo e seus benefícios ao meio ambiente e ao
futuro é extensa e muito mais complexa do que simplesmente parar de
comer carne. Envolve a diminuição da poluição atmosférica, a preservação
de recursos vegetais e hídricos, e muitas outras questões.
Numa
linguagem descontraída, o filme tem a participação voluntária da modelo e
apresentadora Ellen Jabour e do ator Eduardo Pires, ambos vegetarianos,
e tem o objetivo de alertar e levantar algumas questões como "Você já
se perguntou de onde vem nossa comida? Quais os impactos que ela nos
traz? A Engrenagem responde."
Este vídeo é muito didáctico e cumpre muitíssimo bem a sua função
sensibilizadora! :) Podemos colaborar nesta campanha de sensibilização,
divulgando este conteúdo, para que o mesmo possa chegar ao maior número
de pessoas possível! :)
Aprender e partilhar é a melhor forma de
participarmos numa mudança do consciente colectivo, pois só a
sensibilização pode gerar um verdadeiro desejo de mudança no interior de
cada um de nós e nunca a imposição.
Cidadãos esclarecidos jamais se deixarão enganar / dominar... :)
Título Original: Madre Teresa Título no Brasil: Madre Teresa Ano de Lançamento: 2003 Realizador: Fabrizio Costa País de Origem: Espanha / Reino Unido / Itália Gênero: Drama / Biografia Tempo de Duração: 180 minutos Classificação IMDB: 6.9
Sinopse
Uma vida devotada aos pobres, aos doentes e aos esquecidos Conhecida como "a santa dos pobres mais pobres", Inês Gonxha Bojaxhiu nasceu em Skopja, capital da atual república da Macedônia. Aos 21 anos, mudando seu nome para Teresa, ingressou em um Convento de Calcutá. Onze anos mais tarde deixaria o mesmo e começaria a trabalhar nos bairros mais pobres da cidade, vindo a fundar em 1946, a Congregação das Missionárias da Caridade. Seu papel em favor dos mais necessitados rendeu a Madre Tereza o Prêmio Nobel da Paz e o reconhecimento de seu trabalho no mundo. Neste sensível e humano filme, o diretor Fabrizio Costa mostra a dedicação, a luta e a intolerância sofrida pela missionária, que será beatificada pelo Vaticano, por parte daqueles que não compreendiam seu trabalho.
Este foi o filme que eu escolhi para ver na noite de Natal. Queria comemorar o nascimento de Jesus, descobrindo mais um pouco sobre a vida de alguém que dedicou a sua existência a exemplificar ao mundo que amar Cristo é "AMAR O PRÓXIMO COMO A SI MESMO"... Foi uma boa escolha! É um filme comovente! Recomendo!
Esta é a minha sugestão para o feriado de Natal... :)
Ano: 2007 Nome Original: The Story of Stuff (A História das Coisas) Realizador: Louis Fox Criador / Narrador: Annie Leonard País: USA Género: Curta-metragem, documentário, animação Duração: 21,27 min
"For most of the world, consumption has been the unquestioned duty of
every individual. Then garbage activist Annie Leonard brought her
two-hour lecture to Free Range who helped her turn it into a 20-minute
animated revolution. Shown in thousands of classrooms, endlessly blasted
by Fox News, viewed more than 10 million times, The Store of Stuff
finally opens the door to a serious cultural dialog about the costs of
consumption."
"A ambientalista lança vídeos na rede para alertar que o sistema de produção mundial está em crise
Marcia Bindo
Revista Vida Simples – 01/2010
Em um vídeo bem caseiro e com a ajuda de desenhos de traços nada sofisticados, a norte-americana Annie Leonard mostra o resultado de mais de dez anos de pesquisas sobre o sistema de produção e descarte de produtos no mundo. Em certo ponto, faz a seguinte pergunta: “Você consegue adivinhar a quantidade de materiais produzidos que ainda estão em uso seis meses depois de serem vendidos na América do Norte?” E manda a resposta: 1%. Ou seja, 99% dos materiais que são colhidos, processados e transformados em produtos são descartados em apenas meio ano.
Esse é apenas um entre vários dados chocantes que a ambientalista mostra no vídeo A História das Coisas, lançado de graça na internet em dezembro de 2007. Annie visitou cerca de 40 países para investigar o que acontece nas fábricas e nos lixões pelo mundo. "
Título Original: The Crimson Wing: Mystery of the Flamingos
Título Francês: Les Ailes Pourpres: Le Mystère des Flamants
Título no Brasil:Grande Balé Vermelho: O Mistério Dos Flamingos
Ano de Lançamento: 2008 (França), 2009 (UK)
País: EUA, UK, França
Realizador: Matthew Aeberhard, Leander Ward
Produção: Disneynature
Narração: Mariella Frostrup (UK), Zabou Breitman (France)
Música: The Cinematic Orchestra
Género: Documentário
Língua: Inglês, Francês
Duração: 75 min
Classificação IMDB: 7,1
Sinopse:
Numa remota e esquecida imensidão - o lago Natron, na Tanzânia - existe um dos maiores mistérios da natureza: o nascimento, a vida e a morte de milhões de flamingos de asas vermelhas. Tendo como pano de fundo uma das mais belas e dramáticas paisagens do planeta, essas aves lutam pela sobrevivência diante de todos os perigos e o próprio destino.
Roma, Itália. Quatro histórias distintas que
nunca se chegam a cruzar. Numa delas, John (Alec Baldwin), um arquitecto
americano de férias na Europa, conhece o jovem Jack (Jesse Eisenberg),
um estudante de arquitectura que se vê envolvido num triângulo amoroso
com a namorada (Greta Gerwig) e a melhor amiga desta (Ellen Page). Numa
outra, um fracassado produtor de óperas (Woody Allen) viaja com a mulher
para o casamento da filha (Alison Pill). Aí chegado, conhece Giancarlo
(interpretado pelo famoso tenor Fabio Armiliato), o pai do noivo (Fabio
Armiliato) e, ao ouvi-lo cantar no banho, fica estarrecido com a sua
espantosa voz. Outra conta a situação caricata de um perfeito
desconhecido (Roberto Benigni) que repentinamente e sem qualquer razão
aparente, se torna numa celebridade nacional. E, por último, a história
de um casal de província (Alessandro Tiberi e Alessandra Mastronardi)
que chega à capital e se vê envolvido com uma bela prostituta (Penélope
Cruz) e um conhecido actor de cinema. Depois de Londres (com "Match
Point"), Barcelona (Vicky Cristina Barcelona) e Paris ("Meia-Noite em
Paris"), Woody Allen regressa com mais um olhar sobre a Europa, desta
vez com Roma como pano de fundo.
"A comédia romântica é livremente baseada em 'Decamerão', uma saga
literária que Giovanni Boccaccio escreveu entre 1348 e 1353. Quatro
casais, americanos e italianos, tem suas histórias cruzadas ao longo da
trama."
Hoje fui ao cinema ver este filme e posso dizer que foi um momento muito bem passado! Woody Allen é um dos meus realizadores preferidos e mais uma vez, não pude deixar de me surpreender com uma bela comédia! Há muito divertimento e as imagens de Roma são fabulosas!
Não consegui resistir a fazer a transcrição do discurso de John Perkins...
"Sou o Jhon Perkins, sou um cidadão americano, nascido e criado nos Estados Unidos. Sou um antigo "assassino económico".
O nosso modo de operação era muito semelhante ao assassino da máfia, porque estamos à procura de um favor que virá mais tarde. Os mafiosos e os "gangsters" já fazem isto faz muito tempo. Nós apenas o fazemos a uma escala muito maior, com governos, com países, a uma enorme escala e somos muito mais profissionais. Nós fazemos isto de muitas formas diferentes, mas talvez a mais comum seja esta - o "assassino económico" identifica um país que tenha recursos que as nossas companhias desejem (como o petróleo), depois conseguimos um enorme empréstimo ao seu país, a partir do Banco Mundial ou a partir de uma das suas organizações. Mas o dinheiro nunca vai realmente para o país. Em vez disso, vai para as nossas corporações para construírem grandes projectos de infra-estruturas, naquele país. Coisas que beneficiam apenas uns poucos e muito ricos daquele país, bem como as nossas próprias corporações. Mas, não ajudam a maioria das pessoas, que são demasiado pobres. No entanto, a estas pessoas (aos pobres) é deixada uma enorme dívida e é tão grande que elas nunca a vão poder reembolsar. No processo de tentar reembolsar a dívida, cria-se uma situação onde não podem ter bons programas de saúde ou programas de educação. Então, nós, os "assassinos económicos" voltamos lá e dizemos:
- Escutem, vocês devem-nos muito dinheiro, não conseguem pagar as vossas dívidas, por isso, dêem-nos 1kg de carne, vendam-nos o vosso petróleo (muito barato) às nossas companhias petrolíferas ou votem connosco na próxima votação de uma situação crítica nas Nações Unidas ou enviem tropas para nos apoiarem nalguma parte do mundo, tal como no Iraque.
E foi desta forma que conseguimos criar este império, porque de facto, nós é que criamos as leis, nós controlamos o Banco Mundial, controlamos o FMI (Fundo Monetário Internacional) e de certa forma, até controlamos as Nações Unidas. E então, nós escrevemos as leis e assim as coisas que o "assassino económico" faz não são ilegais. Endividar enormemente os países e depois exigir um troca de favores, isso não é ilegal. Deveria ser, mas não é.
Uma das características de uma império é que força a sua moeda ao resto do mundo e foi isso que fizemos com o dólar. Então, em 1971, os EUA tinham uma enorme dívida (muito disto era resultado da Guerra do Vietname) e estávamos no padrão do ouro. Alguns dos países decidiram executar as suas dívidas e queriam receber o pagamento em ouro, porque não confiavam no dólar. O Presidente Nixon recusou-se a pagar em ouro, de facto, retirou-nos do padrão do ouro porque ele sabia que nós não conseguiríamos pagar em ouro, não tínhamos o valor (quantia). Muito pouco tempo depois, fomos para o padrão do petróleo e eu fiz grande parte daquele acordo que fizemos com a Arábia Saudita, insistindo que a OPEP (Países Exportadores de Petróleo) vendessem o petróleo apenas com o dólar. E então, de repente o dólar move-se do padrão do ouro para o padrão do petróleo, que devido a muitos aspectos, é um padrão muito mais importante, porque o petróleo é intrinsecamente mais valioso do que o ouro nesta era. De repente, o mundo só pode comprar petróleo com o dólar e o dólar é uma moeda muito, muito importante.
Actualmente os EUA, mais uma vez é um país falido. Temos dívidas enormes, maiores do que qualquer país alguma vez teve na história do mundo. E se algum desses países pedir o reembolso dessa dívida, noutra moeda que não seja o dólar, nós estaremos em grandes apuros. De momento, ainda só pedem o reembolso em dólares porque o petróleo é a grande comodidade e só se pode comprar o petróleo com dólares. Mas, o Saddam Hussein ameaçou vender o petróleo com outras moedas que não fossem o dólar, mesmo antes de ser "abatido".
Algumas vezes, quando nós, os "assassinos económicos" falhamos em corromper os lideres de outros países, tal como eu falhei com o Omar Torrijos, no Panamá e o Ramir Roldós, no Equador... não é frequente acontecer, mas quando acontece, então são enviados os "chacais". Os "chacais" são pessoas que derrubam governos ou assassinam os seus líderes. Por isso, quando eu falhei com o Ramir Roldós, no Equador ou com o Omar Torrijos, no Panamá, os "chacais" foram lá e assassinaram-nos. Nas poucas ocasiões em que nem os "assassinos económicos" nem os "chacais" são bem sucedidos, então aí e apenas aí, nós enviamos os militares. E foi exactamente isto que aconteceu no Iraque. O "assassino económico" não conseguiu corromper o Saddam Hussein, não conseguiu dar-lhe a volta, os "chacais" não conseguiram assassiná-lo, e por isso, enviaram os militares. Na primeira vez que enviamos os militares, em 1991, destruímos os seus militares e pensamos que ele tinha sido castigado e suficiente e agora ele iria alinhar connosco. E então, durante a década de 90 o "assassino económico" voltou lá e tentou de novo convencer o Saddam Hussein, mas ele não queria ceder. Se ele tivesse cedido, ele ainda estaria à frente do país e nós ainda estaríamos a vender-lhe armas de guerra. Mas, ele não cedeu, os "chacais" não o conseguiram assassinar, pois as suas forças de segurança eram muito boas e ele tinha muitos duplos. Nem os seu próprios seguranças sabiam se o estavam a guardar ou a um duplo. Então, pela segunda vez, nem o "assassino económico" nem o "chacais" foram bem sucedidos e naquele ponto, enviamos novamente os militares e desta vez, conseguimos apanhá-lo e o resto é história."
Através das várias entrevistas que são feitas a várias personalidades (economistas, gestores de investimentos, políticos, etc) e das várias visitas a diversos países (Singapura, Burkina Faso, Índia, EUA, Espanha, Inglaterra e a ilha de Jersey), Erwin Wagenhofer consegue mostrar-nos como nasceu, como se desenvolveu o actual sistema financeiro global e como é que este, através dos princípios do neo-liberalismo (com origem nas ideias de Hayek), consegue gerar uma tremenda riqueza para uma pequeníssima parte da população e uma tremenda pobreza e sofrimento para a restante população nos diversos países do mundo.
Não pude resistir a transcrever...
"O Consenso de Washington data dos anos 70, quando o Fundo Internacional Monetário (FMI) e o Banco Mundial se apoiaram neste projecto com quatro linhas de pensamento chave:
1º - Desregulamentar os mercados financeiro mundiais (por outras palavras, permitir que o capital flua livremente entre os países);
2º - Liberalizar os fluxos comerciais (por outras palavras, romper todas as barreiras comerciais que tinha sido cuidadosamente colocadas, durante muitas décadas, pelos países em via de desenvolvimento, para protegerem as suas próprias indústrias);
3º - Romper completamente os Estados, para reduzir a capacidade de intervenção dos mesmos (por outras palavras, abater os impostos para que os Estados não pudessem intervir, para protegerem os seus cidadãos);
4º - Requerer aos Estados que privatizassem as suas indústrias (num país isso foi feito de tal forma para se assegurarem que à medida que as empresas fossem privatizadas, fossem vendidas abaixo do seu valor real a investidores externos).
Estas são as quatro linhas de pressão política, que vêm do FMI e do Banco Mundial, o que as pessoas chamam de "Neo-liberalismo"."
"Uma das coisas que achei mais peculiares sobre trabalhar na indústria dos serviços financeiros foi a cultura dos trabalhadores em si. Muitos deles são pessoas muito inteligentes, advogados, contabilistas, banqueiros, altamente treinados através das universidades, pessoas muito privilegiadas. A sua grande maioria odeia os seus trabalhos, os trabalhos são aborrecidos, repetitivos, estúpidos, mas o salário é fantástico! Eles sabem que o trabalho que fazem não vale nada. Eles não criam qualquer valor em nenhum sentido económico desse termo. O que eles fazem é permitir que o capital, que é criado num país e acumulado noutro país, fique concentrado nas mãos de uma minúscula elite da população mundial, talvez não maior do que 3%, possivelmente ainda menor."
"Estima-se que actualmente 11,5 triliões de dólares de riqueza privada sejam geridos em "off-shore" evitando-se o pagamento de impostos nesta situação... Se essa riqueza estivesse a juros até mesmo com uma percentagem modesta, digamos 7% e se o rendimento ficasse sujeito a impostos com um taxa modesta de 30%, os governos do mundo teriam um rendimento adicional de 250 biliões de dólares por ano que poderiam gastar para aliviar a pobreza..."
Este documentário é sem dúvida um excelente trabalho
que deveria ser visto por todos os cidadãos do mundo, pois é
tremendamente esclarecedor! Para quem estiver interessado em conhecer em
profundidade o mundo em que vive, recomendo vivamente!