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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Redes Sociais Virtuais - Que risco apresentam?


As redes sociais virtuais são uma forma bastante popular de estabelecer contacto com outros indivíduos que, caso contrário, o utilizador poderia nunca vir a conhecer. Contudo, como qualquer serviço fornecido através da Internet, apresenta variados perigos, que vamos referir de seguida.


Dados pessoais na página de perfil
   
Dado que o objectivo é apresentar-nos aos demais, uma página de perfil terá, necessariamente, dados pessoais acerca do seu criador. É natural referirmos os nossos filmes favoritos, os livros que mais nos marcaram, até o nosso desporto favorito. No fundo, colocamos todas as informações que consideramos relevantes, para assim podermos encontrar outros utilizadores com gostos semelhantes.

Contudo, há dados que podem representar um perigo se forem partilhados, em especial se o utilizador for um menor. Referir a cidade onde vive ou a escola que frequenta é abrir as portas aos predadores online, que procuram activamente formas de contactar pessoalmente as suas potenciais vítimas. Este perigo não se aplica somente aos mais novos: lembre-se que, por exemplo, referir os seus rendimentos anuais é convidar sujeitos mal-intencionados a tentar explorá-lo. Se, além dos rendimentos, referir também a sua localidade, o trabalho destes criminosos está altamente facilitado. 



Apropriação de identidade

Dada a popularidade das redes sociais virtuais, estas tornaram-se também um local onde os criminosos virtuais tentam enganar os utilizadores menos atentos. Uma forma de o conseguir é entrando de forma ilícita no perfil dos utilizadores dessas redes e, através destas, enviar mensagens aos amigos da lista da vítima com mensagens de publicidade, phishing, SPAM e outras comunicações não solicitadas.

Muitas vezes, os legítimos proprietários das páginas pessoais não se dão conta deste facto, podendo ser depois alvo de manifestações de desagrado por parte de quem recebeu as mensagens. Além dos propósitos publicitários e/ou de recolha ilegítima de dados, também há a apropriação que apenas pretende incomodar o utilizador: um método recorrente é o de enviar mensagens na forma de boletins (vistos por todos os amigos na lista dessa pessoa) com frases obscenas ou convites explícitos para as mais diversas actividades. Este fenómeno pode ser visto como uma forma de cyberbullying. 



Falsas identidades

Tendo em conta a facilidade com que se pode criar uma página pessoal nos sítios de redes sociais virtuais, um utilizador mal-intencionado também pode criar uma página com dados falsos para atrair um determinado tipo de pessoas e as enganar, importunar ou explorar. Um exemplo disso são os molestadores de crianças, que criam páginas de perfil fazendo-se passar por jovens com determinados interesses, a fim de se aproximarem de uma criança vulnerável. 



Imagens, opiniões e outros
   
É muito fácil um utilizador perder o controlo dos dados que coloca na sua página pessoal: assim que um dado fica online, muito dificilmente desaparecerá, mesmo se depois for apagado. É muito fácil, por exemplo, alguém copiar as imagens colocadas num perfil e divulgá-las por outros, distorcê-las e até inseri-las noutras situações, descontextualizando-as completamente. Uma opinião manifestada de determinada forma numa página pessoal pode inflamar os ânimos de outro utilizador e, assim, gerar uma onda de insultos. Reportando-nos novamente às imagens, as fotografias de conteúdo provocante também podem suscitar reacções indesejadas e/ou perseguições online e na vida real.

Por outro lado, já é frequente alguns empregadores pesquisarem as informações colocadas online por parte dos candidatos a determinados empregos, a fim de verificar se o perfil destas se adequa ao que a empresa pretende. Da mesma forma, também são conhecidos os casos de funcionários que são despedidos por manifestarem determinadas opiniões acerca dos seus empregadores nas suas páginas de rede social ou blogues. 



Cyberbullying

Embora já nos tenhamos referido a este factor nos outros pontos desta secção, é importante sublinhar a sua existência. O cyberbullying não é alheio às redes sociais virtuais, dado que é precisamente nestas redes que os utilizadores se tendem a expor mais.

Alguns sítios de redes sociais dão aos utilizadores a possibilidade de classificar cada perfil numa dada escala (por exemplo, de “morno” a “quente!”). Embora possa parecer inócua, esta funcionalidade pode fomentar a discriminação dos utilizadores com base nas suas características, como as raciais, de orientação sexual ou aparência física. Incentivar outros a dar uma classificação negativa e enviar comentários de ataque à dignidade do utilizador são formas de cyberbullying. 



Ausência de controlo efectivo de idade

Embora os sítios de redes sociais virtuais definam uma idade mínima permitida para se ter uma página pessoal, nada impede um jovem com idade inferior ao permitido de se inscrever na mesma. A ausência de métodos de controlo eficazes faz com que um jovem de reduzida idade possa ser exposto a conteúdos inapropriados ou, de modo ainda mais preocupante, ser abordado por pessoas que, sabendo ou não a sua idade real, o possam lesar de alguma forma. 



(Quase) ausência de moderação

Embora tenha pessoas especializadas encarregues de monitorizar os conteúdos das páginas pessoais, os sítios Web das redes sociais virtuais possuem demasiados utilizadores para o número de moderadores existente, facilitando assim a inserção e manutenção de conteúdos que vão contra as regras de funcionamento dos sítios. É esperado que os utilizadores se monitorizem uns aos outros, reportando aos moderadores a existência de conteúdos inapropriados nos perfis visitados.

Por outro lado, mesmo quando há reporte de conteúdos inapropriados, e os mesmos são retirados, é complicado vigiar esse perfil e ver se estes são novamente colocados online. Quando uma conta é cancelada, torna-se igualmente complicado barrar o acesso desse utilizador a um sítio Web gratuito – nada o impede, portanto, de abrir nova conta e inserir dados diferentes, usufruindo impunemente da sua nova conta.



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