"... sugiro fazermos um exercício de nos colocarmos em suas posições, apenas por uns instantes.
O perfil básico dos operadores de call centers e telemarketing é na sua grande maioria composto por jovens ou desempregados de outras áreas que querem ingressar em uma nova carreira. Trabalham olhando a tela de um computador durante seis horas, com supervisores sendo seus guarda-costas que lhes cobram resultados e excelência. Gravações das conversas e escutas são aplicados com o objetivo de ganhos de eficiência através de novas tecnologias. Muitas vezes os operadores sentem-se isolados, vigiados, sobrando pouco tempo para dividir suas aflições e questões com seus colegas de trabalho ou mesmo ir ao banheiro. É um trabalho absolutamente estressante. A contrapartida das empresas para estes profissionais são treinamentos onde a tônica obviamente é a excelência, a qualidade do serviço, garantia de credibilidade e motivação da equipe. Os treinamentos estão voltados para dar aos operadores recursos para vender ou atender melhor o cliente, fato que não é nenhuma novidade. Dá-se porém, pouca atenção a “excelência do operador” enquanto pessoa. “Problemas pessoais não têm lugar no ambiente do trabalho”, diz o “chefe esperto”. Neste ambiente, não há tecnologia de ponta que possa operar no máximo de sua potencialidade. Por outro lado, a falta de comprometimento acaba desperdiçando nossos tesouros de informações sobre os quais mencionava no início deste artigo. Creio ser desnecessário, a esta altura , defender a necessidade de trabalharmos a pessoa humana. Para termos o comprometimento, a motivação e a excelência, é fundamental o resgate de “valores” comuns dos profissionais e das empresas.
Já
está na hora de investirmos recursos, não só na tecnologia das máquinas
e equipamentos, mas também na motivação de pessoas, melhorando a
performance da equipe, tornando-as mais produtivas, felizes em seu
ambiente de trabalho. A partir daí, com certeza, informações importantes
poderão ser processadas corretamente para a adequação dos produtos e
serviços, aumentando a lucratividade. Afinal temos que prestar muita
atenção neste detalhe pois, o ambiente hoje é inóspito a grandes margens
de rentabilidade e extremamente forte na concorrência global."
Emerson A. Ciociorowski*
Fonte / Saiba tudo em: http://www.tempusnet.com.br/artigos/11-atigos/45-o-call-center-como-ferramenta-gerencial.html
*Emerson A. Ciociorowski é diretor da Tempus Consultoria, consultor na área de tecnologias para motivação de pessoas.
Ver mais inf: http://www.tempusnet.com.br/quemsomos.html
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