NUNCA DÊ UM ANIMAL EM ADOPÇÃO (OU EM FAT) PARA LONGE
"Os protectores de
animais fazem coisas maravilhosas: se vêem um animal na rua em
sofrimento, fazem tudo para socorrê-lo, levando-o de imediato a um
veterinário, procurando tratar ferimentos, traumatismos ou a causa
do mal-estar, e para isso arcam com a responsabilidade de despesas de
internamento, exames de diagnóstico, tratamentos, etc.
Depois, fazem todos os
esforços para acolher o animal em recuperação, ou encontrar quem
possa fazê-lo, e prodigam os tratamentos necessários, ao mesmo
tempo que continuam com a sua vida profissional e familiar. É
simultaneamente um enorme investimento afectivo, monetário e de
tempo
Numa terceira fase, e se
não lhes é possível ficar eles próprios com os animais salvos,
procuram uma nova família para eles, alguém que dê continuidade à
recuperação começada e que se comprometa a acolher, proteger e
amar esse animal para toda a vida.
E aqui é que está o
busílis. Sobretudo agora, na época dos blogues e Facebook, há
pessoas bem-intencionadas que se enternecem com uma foto ou um apelo
em favor do animal, e oferecem-se para adoptá-lo, mesmo que vivam no
extremo oposto do país. E até há “companhias de boleias”
que, cheias de boa vontade, se encarregam de transportar o animal do
Minho até ao Algarve, se for preciso, sem que os protectores tenham
alguma vez conhecido os adoptantes em pessoa, conversado com eles,
visto o ambiente do futuro lar e a boa disposição da família para
com um novo animal fragilizado.
Por isso, fico de cabelos
em pé quando nos apelos a adopção vejo frases como “os animais
serão entregues em qualquer parte do país”. Como é que alguém
que deu tanto da sua afectividade, do seu tempo e do seu dinheiro
para salvar um animal coloca sequer a hipótese de deixar de saber
dele nos tempos mais próximos? Mesmo se o animal foi entregue pelo
protector pessoalmente em casa do adoptante, parece-me necessário
salvaguardar que alguma coisa corra mal na vida deste último e que
ele precise da ajuda do protector, ou até eventualmente seja
necessário devolver o animal à origem. Se o animal for do Alentejo
e tiver ido para o norte, isso simplesmente não será possível.
Aconselho vivamente que
os protectores conservem os Termos de Responsabilidade e façam um
telefonema de vez em quando (os mails são bons, mas muita coisa se
pode depreender do tom de voz ao telefone) durante pelo menos 3 anos,
aconselho-os também a darem os seus protegidos dentro do concelho em
que vivem, para que possam resgatar os animais, em caso de
necessidade, a bem ou a mal. Esta distância é também uma
segurança para os adoptantes, para que não hesitem em pedir
auxílio.
Cada animal que
resgatamos e cuidamos torna-se único, como a rosa do Principezinho
de Saint-Exupéry. Amamo-lo porque lutámos por ele e a nossa
responsabilidade não acaba no dia em que é adoptado.
Isto parece-vos muito
exigente??? Pensem só que não vale a pena dar a mão a um
animal, se for para apenas adiar o seu fim proximamente."
Uma protectora
Eu tive a felicidade de receber este texto (juntamente com a imagem) por email e não pude deixar de partilhá-lo, pois o mesmo merece toda a nossa ATENÇÃO e DIVULGAÇÃO! Não sei quem é a autora (identifica-se como "uma protectora"), mas gostaria de dar-lhe os meus sinceros PARABÉNS, pelo que escreveu, pois nas suas palavras reconheço VERDADEIRO AMOR AOS ANIMAIS, RESPONSABILIDADE e BOM SENSO!
RAZÕES,RAZÕES E MAIS RAZÕES SURUCUÁ,A PROTETORA ESTÁ CERTA,CERTÍSSIMA E COM RAZÕES DE SOBRA.
ResponderEliminarJA VI ESSE TIPO DE OCORRÊNCIA.
Ira, infelizmente há sempre pessoas mal intencionadas, cheias de "boas intenções"... Como diz o povo... "De boas intenções o inferno está cheio!" :(
EliminarRepleta de razão infelizmente.Vou divulgar, não podemos e não devemos nunca desanimar. Parabéns pelo Blog!
ResponderEliminarMuito obrigada Diana L. Ramos! :)
EliminarSeja muito bem-vinda a este blog!
Um abraço!